(A partir de 1980)

A Estância detém uma área de 269 Km², em clima tropical de montanha, localizando-se a 1.700 metros de altitude. Pesquisas científicas revelaram a superioridade de seu clima em relação a Davos Platz, nos Alpes Suíços, bem como o teor de oxigenação e ozona superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza do ar.

Foi constatada a sua superioridade em relação às demais estâncias brasileiras, porquanto o seu grau máximo ocorre no inverno, quando então a temperatura chega a cair até -5°C (cinco graus negativos), embora já tenha atingido no passado a -18°C (dezoito graus abaixo de zero), caindo neve em 1.947 durante 3 horas. Em 1.928 e 1.929, Campos do Jordão cobriu-se completamente de neve.

Pesquisas realizadas, de 1.961 a 1.974, sobre as variações climáticas acusaram o mês mais frio o de julho e o mais quente o de fevereiro (média de 17°C a 27°C).

O mês de janeiro é o mais chuvoso, o de julho o mais seco e o mês de agosto é o que o sol se apresenta com maior intensidade. Outros dados sobre a temperatura: temperatura abaixo de 9°C durante 14 dias por ano; acima de 25°C durante 25 dias por ano; ocorrência de nevoeiro durante 49 dias por ano; de orvalho durante 113 dias por ano e ocorrência de geada durante 42 dias por ano.

Campos do Jordão tem a topografia bastante acidentada, cerca de 85% do Município é composto de regiões onduladas; 10 % por encostas de serra e apenas 5% de zonas íngremes.

A cidade está localizada em um vale; a parte plana ultrapassa 500m de largura, onde se alinham os três núcleos principais: Vila Abernéssia, Vila Jaguaribe e Vila Capivari.

Vila Abernéssia é o centro comercial e administrativo, Vila Jaguaribe tem uma parte comercial e a outra parte residencial e Vila Capivari é a vila turística por excelência. É nela e nos seus arredores que se concentram grandes hotéis e restaurantes, confeitarias, docerias, shoppings além de luxuosas residências de estilo normando-suíço.

A Estância é dotada de um parque hoteleiro de categoria internacional. Localizada entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Campos do Jordão é alcançada por três vias de acesso que podem ser feitas através das Rodovias SP-123 e SP-50, ambas partindo da Via Dutra. A primeira é a mais recomendável.

O acesso ferroviário se faz pela E.F. Campos do Jordão, partindo de Pindaminhangaba, atravessando a Mantiqueira onde se encontra o Ponto Culminante Ferroviário do Brasil, a 1.740m de altitude.

Além de sua cerveja artesanal, o seu chocolate caseiro, as malhas famosas, seus doces e compotas, até mesmo as resinas de seus vastos pinheirais são industrializados, assim como suas fontes de águas minerais, captadas pelos mais modernos padrões de técnica e higiene.

A sua maior matéria-prima, porém, é o ouro líquido e vermelho que exporta generosamente, sem retorno de divisas: a saúde.

A partir dos anos 80, o Poder Público e a comunidade jordanense voltaram-se para a preservação ambiental de Campos do Jordão, o seu maior patrimônio.

Em 1981, o pinheiro foi declarado árvore símbolo do Município e, em 1982, realizou-se na Estância o Congresso Nacional de Essências Nativas, promovido pelo Instituto Florestal do Estado, com a presença do cientista Jacques Costeau.

O governo de São Paulo, em 1983, considerou o município área de proteção ambiental – APA, medida adotada pelo Município em 1985, ano em que o governo federal também incluiu Campos do Jordão na Serra da Mantiqueira como Área de Proteção Ambiental - APA.

“Viveiro de Deus”, “Montanha Magnífica”, “Campos do Jordão, Onde Sempre é Estação”, “Altar da Solidariedade Humana”, “Campos do Jordão, a 1800 metros acima das preocupações”, “Campos do Jordão, a Suíça Brasileira”, são algumas das legendas da cidade.

O Parque Estadual, mais conhecido como Horto Florestal, é o mais antigo do Brasil, criado em 1941, com uma área que ocupa quase um terço do Município.

É a principal reserva florestal de araucárias do Estado e recebe, anualmente, mais de 150.000 visitantes.

Lá, o turista pode deliciar-se com lagos, peixes, gansos, pássaros, vastos bosques com árvores do mundo inteiro, orquidário, viveiro de mudas, restaurante, muro de escalada,, além de seis trilhas sinalizadas que levam a mirantes naturais, florestas virgens, cachoeiras, riachos de águas límpidas e animais em extinção.

No Parque Estadual pratica-se intensamente o ecoturismo. No passado, foi a famosa Fazenda da Guarda, que recebeu as visitas do Conde D’Eu e do Visconde do Rio Branco.

Atualmente, pratica-se intensamente o alpinismo, o trekking, a pescaria, o hipismo e a mountain-bike.

A Pedra do Baú, declarada patrimônio natural do Brasil, localiza-se em São Bento do Sapucaí, mas tem acesso por Campos do Jordão.

É um conjunto formado pela Pedra do Baú, Bauzinho e Ana Chata, de onde se avista uma das paisagens mais impressionantes do Brasil.

O acesso é feito por 602 degraus em escada de metal chumbada na pedra. Ela está a 1.950 metros acima do nível do mar.

O Pico do Itapeva, embora localizado no Município de Pindamonhangaba, somente tem acesso pela Estância, em estrada pavimentada.

Do topo do acidente geográfico, avistam-se 7 cidades do Vale do Paraíba e o caudaloso Rio Paraíba que, da altura de 2.025 metros de altitude, parece um fitilho de prata.

Nos anos 50, ao longo de seis anos, a Estância promoveu a Festa Nacional da Maçã, e atualmente promove a Festa do Pinhão e a Festa da Cerejeira em Flor.

A população fixa da cidade é de 44 mil habitantes, chegando a suportar a presença de mais de 500 mil visitantes nas temporadas de inverno e feriados prolongados.

A criação do Município ocorreu em 1934, quando se desligou de São Bento do Sapucaí e a instalação da Comarca ocorreu em 1944.

A cidade dista 184 km de São Paulo e 359 km do Rio de Janeiro, através da Rodovia “Floriano Rodrigues Pinheiro”, de onde se descortinam deslumbrantes paisagens.

Se os Estados Unidos tem Aspen, a Argentina tem Bariloche, a Suíça, Saint-Moritz, o Chile, Valle Nevado, a França, Courchevell, o Brasil tem Campos do Jordão. É um sacrário da natureza!