CICLO DO TURISMO
(1960)
A 1.700 metros de altitude, Campos do Jordão já teve o seu clima considerado superior ao de Davos-Platz, nos Alpes suÃços, com um teor de oxigenação superior ao de Chamonix, famosa estância francesa.
O clima tropical de montanha permite que o Sol aqueça os seus habitantes o ano todo.
Dotada de um parque hoteleiro de categoria internacional, a Estância possui restaurantes, pousadas, cafés, danceterias, shoppings e casas de pasto para todos os paladares, constituindo um festival de gastronomia, além da fabricação de cerveja, água mineral e chocolates.
Graças à sua fama de estância climática e hidromineral, em 1953, realizou o I Congresso Nacional de Turismo, germe da criação da EMBRATUR – Empresa Brasileira de Turismo.
Figura importante no Ciclo do Turismo é a do então Interventor Federal em São Paulo e depois Governador Adhemar de Barros, que lançou as estacas fundamentais para transformar a estação de cura em estância de turismo, com obras importantes como as do Palácio Boa Vista, o Grande Hotel, o Parque Estadual, o Colégio Estadual, a desapropriação das nascentes que abastecem de água a cidade, o Hospital e Maternidade e o zoneamento de Campos do Jordão em zona turÃstica e sanatorial. Atualmente, o Grande Hotel SENAC mantém uma Escola de Hotelaria de alto nÃvel e expressão internacional.
Nenhuma cidade brasileira do porte demográfico da Estância conseguiu atrair tantas expressões artÃsticas, culturais e polÃticas como Campos do Jordão. O Hotel Toriba, inaugurado em 1943 é um marco histórico do turismo jordanense.
A Estância tem imensa tradição cultural.
Nomes como Monteiro Lobato que adquiriu uma casa na Avenida Macedo Soares para abrigar seu filho Guilherme mas, que acabou falecendo, vÃtima de moléstia pulmonar.
O criador de "EmÃlia" escreveu na cidade “Geografia de Dona Benta†e Dinah Silveira Queiroz percorreu as pensões jordanenses para escrever “Floradas na Serraâ€.
Os poetas Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Ribeiro Couto, Menotti Del Picchia e Rodrigues de Abreu exercitaram a sua arte na Estância, assim como o fizeram os historiadores Theodoro Sampaio e Caio Prado Jr.
Inspiraram-se na natureza da Mantiqueira, artistas plásticos como Lasar Segall, Pancetti, Manabu Mabe, Camargo Freire, Brecheret, FelÃcia Leiner, Takaoka, Penachi, Bustamante Sá, Bonadei, Volpi e tantos outros.
Viveram sua arte nas montanhas as pianistas Guiomar Novaes e Magdalena Tagliaferro, os maestros Camargo Guarnieri, Souza Lima e Eleazar de Carvalho, os maestros pioneiros do Festival Internacional de Música.
A hospitalidade do povo jordanense recepcionou os Presidentes da República Getúlio Vargas, João Goulart, Castelo Branco, João Figueiredo, Ernesto Geisel e José Sarney.
O turismo cultural é uma das vocações da Estância, que possuia sua Academia de Letras.
No Governo de Abreu Sodré, em 1970, foram inaugurados os Festivais de Inverno, o mais importante evento de música erudita da América Latina.
Foi nessa época que o Governador declarou o Palácio Boa Vista "Monumento Público do Estado de São Paulo", ali instalando um precioso museu do mobiliário colonial e de artes plásticas contemporânea, graças a atuação do seu Secretário Luiz Arrobas Martins.
O quadro “Operáriosâ€, de Tarsila do Amaral é o mais visitado, mas compõem a coleção de artes do Palácio Boa Vista obras de Djanira, Anita Malfatti, Noemia Mourão, Maria Leontina, Wega, Volpi, Visconti, Rebolo, CÃcero Dias, Di Cavalcanti, Santa Rosa, Clóvis Graciano, Flávio de Carvalho, Penacchi, Gomide, Odriozolla, Bonadei, Ismael Nery, Camargo Freire, entre outros.
Nas proximidades do Palácio, instalou-se no Governo de Paulo EgÃdio Martins o Auditório “Cláudio Santoroâ€, onde se realizam os Festivais de Inverno e contÃguo encontra-se o Museu “FelÃcia Leirnerâ€, o primeiro museu ao ar livre do Brasil, com notáveis obras da escultora.